3681 FOCOS DE QUEIMADAS EM MINAS GERAIS NO MÊS DE SETEMBRO
Em setembro, Minas Gerias lidera o estado com maior focos de queimadas do Brasil.
Um novo foco a cada quase 2 minutos.
No dia 16 de setembro de 2021, o estado registrou 779 focos, isso significa que a cada 2 minutos, um novo foco de queimada surge em Minas Gerais.
As queimadas já destruíram áreas gigantescas de diversos Parques Estaduais com biomas e faunas nativas. Setembro costuma ser o pior mês, muito seco com baixa humidade e infelizmente ainda não há previsão de chuva significativa e distribuída pelos próximos 15 dias. Nos primeiros17 dias de setembro de 2021, de acordo com o satélite de referência (AQUA_M-T) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), houve 3681 focos de queimadas em Minas Gerais. Este é o estado com o maior número de focos de queimadas do Brasil (entre os dias 01 e 17 de setembro) e representa 13,1% de todas as queimadas que assolam e devastam nosso país.
Durante todo o ano, é o 4º estado no ranking nacional
Se olharmos para todo o ano de 2021, o estado já soma 8341 focos, o 4º estado com o maior número de focos de queimadas. Fica atrás de Mato Grosso, Pará e Amazonas.” [ 1].
Devido ao grande número das queimadas, governo de Minas Gerais toma iniciativa e inicia fiscalização ostensiva para reprimir os incêndios florestais. Para repreender a prática criminosa de pessoas que ateiam fogo nas Unidades de Conservação (UC`s) do estado, o Governo de Minas iniciou, nesta segunda-feira (13/9), operação de fiscalização e repressão. A Força-Tarefa ostensiva envolve Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Polícia Civil (PCMG), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Instituto Estadual de Florestas (IEF). Operação tem foco em queimadas e outras ações criminosas cometidas em unidades de conservação.
A ação vai ocorrer, inicialmente, durante o mês de setembro, das 6h às 18h, em seis unidades de conservação sob gestão do IEF, consideradas mais vulneráveis em relação a incêndios florestais provocados pela ação humana. São elas: Parque Estadual Serra do Ouro Branco, na região Central; Parque Estadual Serra do Papagaio, no Sul de Minas; Parque Estadual Serra do Cabral e Área de Proteção Ambiental (APA) Cochá e Gibão, ambos no Norte do estado; Parque Estadual Serra do Rola Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e Parque Estadual do Biribiri, também na região Central.
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Melo, explicou que o estado, assim como o restante do Brasil, enfrenta um período de estiagem crítico, o que potencializa os riscos para os incêndios florestais. “Nas condições climáticas atuais, qualquer incêndio se torna um grande incêndio. O anúncio de uma fiscalização ostensiva vem, neste momento, buscar a redução da ocorrência de incêndios florestais e o consequente impacto ambiental que provocam, seja na qualidade do ar, no solo, seja na perda de biodiversidade das nossas unidades de conservação”, destacou.
O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, ressaltou que será direcionado um esforço especial, além das equipes do Comando de Policiamento de Meio Ambiente, para as regiões das unidades de conservação citadas, para que se tenha uma atuação preventiva, mas também ostensiva contra quem comete crimes dessa natureza. “É uma questão de segurança pública. A atuação da PMMG vai ser contínua, com presença efetiva, com drones e câmeras de alta capacidade, que vão permitir a identificação dessas pessoas. Essas imagens serão encaminhadas à Polícia Civil para investigação”, afirmou. [2].
Além de destruir a vegetação nativa e matar muitos animais selvagens, um incêndio florestal também pode causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais domésticos. Em outras palavras, os incêndios florestais, além de queimarem lavouras, pastos e áreas naturais, podem atingir casas, galpões, armazéns e instalações rurais, como celeiros, galinheiros, viveiros, chiqueiros e currais.
Para evitar queimadas:
– Nunca queime o lixo doméstico e/ou entulhos e folhas secas. Um pequeno foco pode se alastrar e afetar áreas extensas;
– Quando realizar o plantio, respeite as áreas descobertas que acompanham a rede elétrica e as faixas de servidão. Evite riscos;
– Não jogue pontas de cigarro acesas, latinhas ou garrafas nos acostamentos de rodovias ou região de matas pois eles facilitam o início de incêndio;
– Evite queimar pastagens ou áreas de plantação: procure alternativas sustentáveis e não esqueça de fazer a manutenção dos aceiros;
– Acampou? Apague a fogueira com água ou abafe com terra;
– Ao identificar focos de incêndios, avise o Corpo de Bombeiros (193).
AUTORA: Marina Amaral, Analista Ambiental na empresa Licenciar Consultoria Ambiental Ltda, setembro de 2021.