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De acordo com COPEL (2009) apud PEREIRA, et al (2011), as árvores urbanas oferecem diversos benefícios às pessoas, como conforto térmico, amenização da poluição, absorção de água da chuva, abrigo e alimento para animais, harmonia visual e quebra da monotonia da paisagem urbana. Assim, elas proporcionam melhorias na qualidade de vida da população e ainda trazem vantagens econômicas, como valorização dos imóveis nas ruas bem arborizadas e redução do consumo de energia em virtude do resfriamento da superfície.
São vários os benefícios da arborização urbana, mas estes indivíduos precisam ser conduzidos e passar por manutenções adequadas para manterem sua função sem oferecer riscos às pessoas e construções. Porém, o que vemos por aí são manutenções totalmente executadas de maneira improvisada, sem supervisão de um bom profissional, acarretando inúmeros conflitos como: destruição em calçadas, redes de esgoto ou de água, danos em construções, interferência em bueiros, dificuldade de visualização de placas de orientação, restrição da passagem de pedestres ou veículos, dentre outros. Um outro problema grave, é o plantio próximos a rede elétrica, onde as árvores são plantadas sem a devida preocupação com relação ao seu crescimento e localização. Nesses casos, deparamos com podas incorretas, caracterizadas em forma de “U”, desequilibrando a árvore e deixando-a com risco de queda.
Sabendo da importância das árvores, seus benefícios e suas peculiaridades, se faz necessário o DIAGNÓSTICO DA VEGETAÇÃO ARBÓREA. O DIAGNÓSTICO ARBÓREO é um estudo detalhado da arborização do local, nesse estudo são feitas análises de cada indivíduo arbóreo, onde são coletados dados como: identificação científica, as características típicas da cada espécie arbórea como: altura que se pode chegar, diâmetro, tipo de copa, tipo de fruto e flores, época de floração e de frutos, se oferece algum tipo de risco à saúde humana, importância para fauna, sociedade e economia), além da caracterização da espécie, coleta-se dados referente ao seu porte e situação atual, sua circunferência, estado fitossanitário, observações relevantes em que se encontra, necessidade de manutenção, tipos de interferências, nível de risco, registro fotográfico, alocação em planta topográfica, dentre outras informações relevantes. Para avaliação, várias metodologias podem ser usadas que vão desde uma forma mais simples (observações) ou até análises mais detalhadas.
Com o DIAGNÓSTICO ARBÓREO é possível verificar a necessidade de algumas intervenções e o estado fitossanitário, a fim de garantir maior segurança das pessoas e integridade do patrimônio público e particular.
Vale ressaltar que possíveis intervenções a serem realizadas (cortes, podas, plantios de reposição), todas deverão ser acompanhadas por um responsável técnico habilitado para a função.
O DIAGNÓSTICO ARBÓREO é um relatório técnico que visivelmente apresentam as características atuais e problemas de cada indivíduo, não se pode garantir que árvores em bom estado fitossanitário não venham a causar algum tipo de dano ao patrimônio ou pessoas devido a fenômenos naturais que devem ser levados em consideração. O ideal é sempre acompanhar e monitorar os indivíduos arbóreos com profissionais qualificados, a fim de minimizar esses riscos pessoais e patrimoniais.
Referência:
COPEL, COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA. Arborização para vias públicas. Paraná, 2009, 52p.
Autora: SOUSA, A.J.M – Bióloga Licenciada e Bacharela em Gestão Ambiental, Especialista em Avaliação de Impactos Ambientais e Recuperação de Áreas Degradadas na empresa Licenciar Consultoria Ambiental Ltda, março de 2016.