O cerrado, com paus-terra de flores amarelas e jacarandás de cascas escuras, dominava o alto do morro, compondo com a mata ciliar do Rio das Velhas um corredor contínuo de vegetação fechada, onde comunidades próximas convivem com lontras, tatus, seriemas e outros animais. Até 2008, esse fragmento de mata nativa de 108 hectares (ha) permaneceu intacto, resistindo ao avanço das fronteiras agrícolas e da especulação imobiliária na região de Lagoa Santa, na Grande BH. Mas, no ano seguinte, uma clareira de 3,86 ha surgiu sem licença para desmatamento. Dois anos depois, uma plantação de hortaliças foi cultivada na floresta, escondida da fiscalização. É a agonia do cerrado, que se estende também para o Norte de Minas, agravada pela seca e pelo desmatamento.
O uso de tratores e motosserras para derrubar árvores sem qualquer incômodo da fiscalização em Lagoa Santa permitiu a expansão da devastação, que engoliu mais 6,34 ha em 2014 e 2,3 ha neste ano, somando, em sete anos, 12,5 ha (11,6% da cobertura florestal total).
Fonte: Gerais. Disponível em:<http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/08/03/interna_gerais,674615/desmatamento-ameaca-cerrado-e-caatinga-em-minas.shtml> Acessado em 03 de agosto de 2015.